segunda-feira, 27 de julho de 2009

O uso da crase

Não. A crase não “caiu” com o acordo ortográfico, embora isso tenha sido muito falado por aí. Muita gente tem dúvidas quanto ao seu uso e existem vários truques para decorá-lo. Mas, se entendermos por que ela ocorre, tudo pode ficar muito mais simples.

A palavra crase vem do grego crasis e significa “mistura”, “fusão”, “contração”. Na língua portuguesa a crase é indicada por acento grave basicamente quando há duplicação da vogal a. Melhor dizendo, na contração: 1) da preposição a com o artigo definido a(s); 2) da preposição a com a inicial dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo.

Por isso, para saber se há crase, é preciso constatar se os elementos da frase pedem preposição e também o artigo definido feminino “a(s)”, ou, então, se há necessidade de preposição antes dos pronomes citados acima.

Uma dica para constatar a necessidade de preposição, caso fique difícil verificar a regência verbal, é substituir o a por outras preposições, como para, de, em, por. Já o artigo definido feminino a, como o nome indica, ocorre apenas diante de palavras femininas. É por isso que a crase ocorre diante de palavras femininas e não ocorre diante de palavras masculinas, pois estas últimas pedem o artigo definido masculino “o”, que quando unido à preposição “a” forma “ao”.

Daí vem a regra prática: para saber se há crase substitua a palavra feminina por uma masculina. Se for preciso colocar “ao”, também será necessário colocar “à”. Vamos lá:

Você foi a/à exposição? Podemos pensar que “quem vai, vai a/para algum lugar” e por isso precisamos da preposição a. Também percebemos que o substantivo feminino “exposição” pede o artigo definido a, o que nos leva à crase. Então: Você foi à exposição? Para comprovar, podemos usar a regra prática e substituir a palavra exposição por uma masculina: Você foi ao museu?


Também é preciso ficarmos atentos à concordância. Ou seja, se a palavra feminina estiver no plural, o artigo definido que a acompanha também deverá estar. Assim, usamos Você foi às exposições? Ou Você foi a exposições? No primeiro caso, a crase existe, é uma contração da preposição a com o artigo as, e temos a sensação de que as exposições são conhecidas dos interlocutores. No segundo caso, não há crase, pois usamos apenas a preposição a, e temos a impressão de que os interlocutores mencionam exposições de um modo geral, sem determiná-las (ou defini-las).

E diante de verbos no infinitivo? Se prestarmos atenção, veremos que não ocorre na língua portuguesa artigo definido feminino (nem masculino) antes de verbos no infinitivo. É por isso que não há crase nestes casos. Quando houver vogal a, ela terá função sintática apenas de preposição, sem estar acompanhada de artigo. Vejamos: (A) A partir de hoje não comprarei mais seus brinquedos. (B) Ele voltou a frequentar inferninhos.


Pelo mesmo motivo, não há crase diante de pronomes pessoais (Dei todo o meu dinheiro a ela.), dos pronomes demonstrativos esse(a)/este(a) (Você voltou a esta espelunca?), de pronomes indefinidos (Solicitei o documento a uma advogada.), de formas de tratamento que não sejam senhor e senhora (Entrego a Vossa Excelência minha lealdade.), dos pronomes relativos que e quem (Eram essas as poltronas a que me referia, entregue-as a quem quiser.), de nomes de lugar não precedidos de artigo (Iremos amanhã a Terezina. – Neste caso, temos: Estamos em Terezina. Apenas com a preposição, sem artigo.), da palavra casa no sentido de próprio lar (Voltou logo a casa.), da palavra terra no sentido de solo (O nadador quase chegara a terra.), nas locuções formadas por palavras repetidas (Ficamos frente a frente apenas uma vez.), nas expressões cristalizadas formadas pelo adjetivo meia (Estavam a meia luz quando cheguei.), entre outros.

as expressões que indicam horas, como às 9h, e as locuções adverbias, prepositivas e conjuntivas constituídas por substantivos femininos levam crase, como à vista, à frente, à deriva, às claras, à queima-roupa, à medida que, às vezes, entre outras.

Devemos, porém, ficar atentos a casos como o de Filé à camões. Temos a impressão de um caso de crase diante de palavras masculinas e ainda sem respeitar a concordância nominal. É porque aqui a palavra moda da expressão à moda está subentendida, e é como se disséssemos: Filé à moda de Camões.

Em algumas ocorrências o uso da crase é facultativo, como diante de pronomes possessivos (Ele veio ontem à/a minha loja.) e da preposição até (Caminhamos até à/a festa, depois ficamos conversando até as/às 3h.).


Vimos aqui alguns casos do uso da crase, com o intuito principal de demonstrar o porquê de sua formação, e não de elucidar caso a caso. Se houver alguma dúvida, poste um comentário!


(Fontes de pesquisa: Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra, ed. Lexikon; Manual de Redação e Estilo do Estado de S. Paulo, Eduardo Martins, ed. Moderna; Gramática Houaiss da Língua Portuguesa, José Carlos de Azeredo, ed. Publifolha; Manual da Redação da Folha de São Paulo, ed. Publifolha; Manual de Redação e Estilo do Globo, Luiz Garcia (org.), ed. Globo.)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O uso do senão e do se não


Acho que não há quem nunca tenha titubeado: junto ou separado? A dica desta semana esclarece.


Senão


Esta palavra pode ser um substantivo, uma preposição ou uma conjunção. Facilitemos.

Como substantivo tem o sentido de defeito, falha ou obstáculo.
Exemplos: A sala tem apenas um senão: é muito quente no verão.
Há muitos senões nesta história.


Como preposição o sentido é de exceção (“com exceção de”, “exceto”, “salvo”) ou de restrição.
Exemplos: Todos, senão Maria, gostaram do filme.
Não conseguia fazer outra coisa senão estudar para o exame.
A vida não é senão uma grande aventura.


Como conjunção pode ter os seguintes sentidos:
1. de outro modo, do contrário, de outra forma. Neste caso trata-se de uma conjunção alternativa.
Exemplos: Não coma tanto chocolate, senão vai passar mal.
Vistam-se logo, senão chegaremos atrasados.
Precisamos estudar, senão seremos reprovados.


2. mas, mas sim, mas também, porém. Neste caso é uma conjunção adversativa.
Exemplos: Não comprou os livros de que gosta, senão os que precisa.
A responsabilidade não era da criança, senão dos pais.
Não falei para prejudicá-lo, senão para agradá-lo.

Se não


Neste caso trata-se da conjunção se com o advérbio não (são duas palavras, portanto, sempre separadas). Se não pode ter o sentido de “caso não” ou de “quando não”.
Exemplos: Se não for viajar, irei a sua festa.
Não lhe indicaria tais filmes se não gostasse deles.
Sempre vai ao cinema acompanhada pelos amigos, se não pelo namorado.
Gostava de chegar na hora marcada, se não adiantado.


Há ainda o caso em que o se é conjunção integrante e introduz uma oração que tem a função de objeto direto. Neste caso expressa dúvida, incerteza.

Exemplos: Querem saber se não vai demorar muito.
Perguntava se não era melhor esperar.
Eles questionaram se não havia outra saída.


Bom, ficam aí as dicas. Se houver dúvidas ou se quiserem comentar algo, manifestem-se, por favor. :)

(Fontes de pesquisa: Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa; Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra, ed. Lexikon; Manual de Redação e Estilo do Estado de S. Paulo, Eduardo Martins, ed. Moderna)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O uso dos pronomes demonstrativos

Escolhi escrever sobre esses pronomes porque, nestes três anos e meio que venho trabalhando como revisora, percebo que seu uso é bastante questionado.

* * *

1ª pessoa: este esta estes estas isto
2ª pessoa: esse essa esses essas isso
3ª pessoa: aquele aquela aqueles aquelas aquilo


Os pronomes demonstrativos possuem duas funções:

função díctica: situar pessoas e objetos no espaço ou no tempo em relação às pessoas do discurso;
função anafórica: lembrar ao ouvinte ou ao leitor o que foi mencionado ou o que se vai mencionar.

1. Posição no espaço

Este, esta, isto indicam que a pessoa ou o objeto está próxima do emissor (1ª pessoa):

Este cachorro é meu.


Esse, essa, isso indicam que a pessoa ou o objeto está distante do emissor (1ª pessoa) e perto da pessoa a quem se fala (2ª pessoa):

– Que susto você me pregou, entrando aqui com essa cara de alma do outro mundo!
(C. dos Anjos, DR, 32.)


Aquele, aquela, aquilo: indicam que a pessoa ou o objeto está longe do emissor (1ª pessoa) e da pessoa com quem se fala (2ª pessoa):

– Olhem aquele monte ali em frente. É longe, não é?
(G. Ramos, AOH, 107.)



2. Posição no tempo

Este, esta, isto indicam o tempo presente em relação ao emissor (1ª pessoa):

Esta tarde para mim tem uma doçura nova.
(Ribeiro Couto, PR, 83.)


Esse, essa, isso indicam o tempo passado ou futuro com relação à época em que se coloca o emissor (1ª pessoa):

Bons tempos, Manuel, esses que já lá vão!
(A. Nobre, S, 51.)


Aquele, aquela, aquilo indicam afastamento no tempo de modo vago ou época remota:

Naquele tempo a fogueira crepitava até horas mortas.
(C. dos Anjos, DR, 46.)



3. Posição no texto

Este, esta, isto são utilizados para chamar a atenção sobre aquilo que o emissor (1ª pessoa) vai dizer:

Os problemas são estes: falta de comunicação e negligência.


Esse, essa, isso são utilizados para aludirmos ao que foi antes mencionado pelo emissor* (1ª pessoa) ou pelo interlocutor (2ª pessoa):

– Você, perdendo a noite, é capaz de não dormir de dia?
– Já tenho feito isso.
(Machado de Assis, OC, II, 586.)


Para distinguir dois termos anteriormente citados, usam-se este/esta para se referir ao que foi mencionado por último e aquele/aquela, ao que foi mencionado em primeiro lugar:

– A ternura não embarga a discrição nem esta diminui aquela.
(Machado de Assis, OC, I, 1124.)



Obs.: os pronomes demonstrativos podem se combinar com as preposições de e em, e aquele, aquela e aquilo podem se contrair com a preposição a, assumindo formas como àquele, àquela e àquilo.

* * *

Bom, é isso! Qualquer dúvida, é só usar a seção Comentários.


(Fontes de pesquisa: Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra**, ed. Lexikon; Manual de Redação e Estilo do Estado de S. Paulo, Eduardo Martins, ed. Moderna.)



* Alguns autores também dão como correto utilizar, neste caso (quando é mencionado pelo emissor), este, esta, isto.
** Os exemplos literários foram todos tirados dessa obra.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Quando usar por que, porque, por quê e porquê?


O Guga adora me provocar com essa questão, por isso achei que seria uma boa ideia abrirmos nossas dicas semanais com esta que é uma dúvida que muitos carregam. Nos idos da escola primária, que hoje nem mais esse nome tem, aprendemos (pelo menos comigo foi assim) que por que separado é pergunta e porque junto é resposta – nem sei dizer em que parte da vida deixei a explicação sobre o acento nessa conjunção, nem sei se me explicaram...
Mas, não desmerecendo nossos mestres, que também já não têm esse nome, deixo esse registro escrito. Vejamos:

=> Por que ele não foi ao espetáculo? (pergunta – frase interrogativa) (1)
=> Porque ficou doente. (resposta – frase afirmativa) (2)

Mas e estes casos? Como ficam?

=>Você não foi ao espetáculo ____________ estava doente? (3)
=> Me conte __________ você não foi ao espetáculo. (4)

Acertou quem colocou porque na (3) e por que na (4).
Vamos entender:
Usa-se porque no caso (3), apesar de frase interrogativa, pois ela explica, tenta entender, a causa da falta e não simplesmente a questiona.

=> Você não foi ao espetáculo porque estava doente?

Usa-se por que no caso (4), pois estão subentendidas as palavras razão e motivo (elas poderiam também estar expressas).

=> Me conte por que (motivo/razão) você não foi ao espetáculo.

Há ainda um terceiro uso de por que: quando o que for pronome relativo e a expressão equivale a para que, pelo(a) qual, pelos(as) quais. Vejamos:

=> O rádio foi o meio por que ele se comunicou. (5)

Agora vamos aumentar nossa lista e incluir o acento nessa conjunção.
Usa-se por quê quando em perguntas diretas, como a (1), e indiretas, como a (4), encerra a frase. Vejamos:

=> Você não foi ao espetáculo? Por quê? (6)
=> Não gostou do livro, mas não sabe explicar por quê. (7)

Usa-se porquê quando a conjunção se torna um substantivo e pode ser substituída (e não expressa ou subentendida, como na frase (4)) pelas palavras motivo, causa, razão, indagação. Vejamos:

=> Não sei o porquê de você ter ficado brava.

Espero que essas “regrinhas” tenham ajudado a resolver parte dos problemas relacionados a essa conjunção. Se ficou alguma dúvida, ou se houver outras, entre em contato com a gente e sua questão pode ser a próxima Dica da Semana.

(Fontes de pesquisa: A Vírgula, Celso Pedro Luft, ed. Ática; Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa, Domingos P. Cegalla, ed. Nova Fronteira; Manual da Redação da Folha de S.Paulo,
Publifolha; Manual de Redação e Estilo do Estado de S. Paulo, Eduardo Martins, ed. Moderna)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

No ar!

Olá! Estamos no ar!

Agora a Trip Editora tem um espaço para que os colaboradores possam tirar dúvidas sobre a língua portuguesa e os padrões das revistas por ela editadas.

À direita, na seção Links, você pode acompanhar nossas primeiras postagens, que sempre estarão aí para dúvidas gerais em relação a padronizações das revistas da Trip Editora e ao acordo ortográfico que entrou em vigor em janeiro de 2009.


E fiquem atentos, pois semanalmente postaremos curiosidades e dicas sobre a nossa língua!

Acordo ortográfico

O acordo ortográfico
O acordo ortográfico da língua portuguesa foi estabelecido entre os países em que esse idioma é considerado oficial, ou seja, Portugal e as nações que foram suas colônias – Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Timor Leste e Brasil. A intenção é uniformizar a ortografia entre esses países, visando principalmente à elaboração de documentos diplomáticos, até agora redigidos apenas em inglês e espanhol, que passariam a apresentar também uma versão em português. Há ainda outros motivos, como promover a maior facilidade no intercâmbio cultural realizado por meio de livros, didáticos ou não. Mesmo com esses argumentos, o acordo foi criticado no Brasil – apesar de as mudanças por aqui serem poucas – e ainda não foi aceito em Portugal, onde há maior número de alterações. De qualquer forma, a abrangência desse acordo ortográfico da língua portuguesa não ultrapassa a língua escrita, ou seja, não há alteração na fala, na pronúncia das palavras.
Vejamos então como ficou nossa nova ortografia, em vigor desde janeiro de 2009.

ALFABETO
O alfabeto, antes com 23 letras, passa a ter 26. Foram incluídas: K, W e Y.

ACENTUAÇÃO
Trema
Não se usa mais o trema.
Exemplos: frequência, equino, linguiça, tranquilo, cinquenta, frequente, linguística, arguir, consequência.
Atenção: nomes próprios estrangeiros e seus derivados permanecem com o trema.
Exemplos: Müller, mülleriano; Hübner, hübneriano.

Ditongos abertos
Os ditongos abertos –ei e –oi em palavras paroxítonas não levam mais o acento agudo.
Exemplos: plateia, apoia (verbo apoiar), jiboia, assembleia, heroico, espermatozoide, androide, colmeia, estreia.
Atenção:
– A palavra destróier permanece acentuada, respeitando a regra na qual palavras paroxítonas terminadas em er levam acento.
– O acento permanece nas palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.
Exemplos: anéis, herói, papéis, corrói. Por isso, heroico se escreve sem acento, mas herói, com.

Hiatos
O acento circunflexo foi abolido nos hiatos -oo e -ee.
Exemplos: abençoo; voo; perdoo; enjoo; magoo; zoo; creem e descreem; deem; leem e releem; veem e preveem.
Atenção: o acento circunflexo que marca o plural nos verbos ter, vir e derivados permanece.
– tem / têm
– vem / vêm
– retém / retêm
– intervém / intervêm

Acento diferencial
Não há mais acento diferencial nos seguintes casos:
para, verbo, para diferenciar da preposição para;
Exemplo: João não para de trabalhar para juntar dinheiro.
pela/pelas (é), substantivo e flexão de pelar, para diferenciar de pela/pelas, combinação de per e la/las;
pelo(é), flexão de pelar, para diferenciar de pelo/pelos, combinação de per e lo/los;
pelo/pelos (ê), substantivo, para diferenciar da combinação per e lo/los;
Exemplo: O pelo do cachorro caía pelo chão.
polo/polos (ó), substantivo, para diferenciar de polo/polos, combinação antiga de por e lo/los.
pera(ê), substantivo, para diferenciar de pera(é), preposição arcaica.
Atenção: alguns acentos diferenciais permanecem:
pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo), usado para diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo);
Exemplos: Há dois anos ele pôde satisfazer suas vontades, mas agora não pode pagar seus estudos.
pôr, verbo, usado para diferenciar de por, preposição;
Exemplos: Ela gosta de pôr o véu para rezar por você.
É facultativo o emprego do acento em:
dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo), para diferenciar de demos (1ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo);
fôrma, substantivo, para diferenciar de forma, substantivo ou 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo;

-U tônico
Não há mais acento agudo no –u tônico das formas verbais rizotônicas quando precedido de g ou q e seguido de e ou i (grupos gue / gui e que / qui).
Exemplos: averigue, argui, redarguem.

-I e -u tônicos
Não há mais acento agudo no –i e –u tônicos nas palavras paroxítonas quando precedidos por ditongo.
Exemplos: feiura, baiuca, cauila, bocaiuva.
Atenção: quando pertencerem a palavras oxítonas, forem precedidos de ditongo e estiverem em posição final, seguidos ou não de s, o -I e -U tônicos ainda levam acento.
Exemplos: Piauí, tuiuiú, tuiuiús.

EMPREGO DO HÍFEN
Não há hífen:
 Nos casos de prefixos terminados em vogal seguidos de consoante.
Exemplos: anteprojeto, antipedagógico, autoproteção, coprodução, geopolítica, extracurricular, microcomputador, pseudoprofessor, semideus, ultramoderno, radiodetector.
Atenção:
– Nos casos de prefixos terminados em vogal seguidos de r ou s, dobra-se o r ou o s.
Exemplos: antirreligioso, antissocial, contrarregra, cosseno, minissaia, ultrassecreto, microssistema, radiorreportagem.
– O prefixo vice- é uma exceção, com ele há sempre hífen.

 Quando o prefixo termina em vogal diferente da palavra que o segue.
Exemplos: antiaéreo, plurianual, extraescolar, agroindustrial, autoestrada, anteontem, autoescola, socioeconômico, autoaprendizagem, semianalfabeto, semiaberto, semiopaco, aeroespacial, radioecologia.

 Nas palavras que perderam a noção de composição para o falante de hoje.
Exemplos: mandachuva, paraquedas, pontapé, girassol.

 Com os prefixos pro-, pre- e re-, que continuam como antes do acordo.
Exemplos: proeminente, preestabelecer, preexistente, reanexar, reeditar, reescrever, reidratar, reumanizar.

 Com o prefixo co-, que se aglutina com o segundo elemento mesmo que este se inicie pela vogal o ou pela consoante h, que, neste caso, é suprimida na aglutinação.
Exemplos: coautor, coobrigação, corresponsável, coabitação, coerdar, coerdeiro, coordenar, coocupante.

 Na palavra benfeito, que perdeu o hífen e teve a letra m substiuída por n, por causa da aglutinação.
Atenção: A palavra bem-vindo continua com hífen!

 Nas locuções prepositivas.
Exemplos: dia a dia, pé de cana, mão de obra, passo a passo.
Atenção:
- As locuções prepositivas que designam elementos da natureza, ou nomes botânicos, permanecem com hífen. Exemplos: cana-de-açúcar, pé-de-boi (árvore), siri-do-mangue.
- Cor-de-rosa continua com hífen.

Há hífen:
 Nos casos em que o prefixo sub- e os prefixos terminados em rhiper-, inter- e super- – são seguidos de palavras iniciadas por r.
Exemplos: sub-rogado, hiper-rugoso, inter-relatividade, super-realismo.

 Quando os prefixos terminados em vogal, como ante-, anti-, auto-, contra-, arqui-, extra-, intra-, neo-, ultra-, proto-, pseudo-, semi-, supra- etc., forem seguidos de vogal igual no segundo elemento.
Exemplos: micro-ondas, anti-inflamatório, auto-observação, semi-interno, contra-atacar, arqui-inimigo, ante-estreia, extra-atmosférico, intra-atômico, neo-ortodoxo, ultra-americanismo, supra-axiliar, pseudo-osteose.
Atenção: nas palavras com prefixos co- e re- seguidas de vogal igual no segundo elemento não há hífen.

 Com prefixos, quando o segundo elemento for iniciado por h.
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, ultra-humano, macro-história, mini-hotel, sobre-humano, super-homem, proto-hominídeo, pseudo-hérnia.
Atenção:
- Na palavra subumano não há hífen, a palavra humano perde o h e se une ao prefixo sub-.
- Nas palavras com prefixos co- e re- seguidas de h não há hífen e essa consoante é suprimida na aglutinação.

 Nos prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começar por vogal, h, m ou n.
Exemplos: circum-navegador, circum-ambiente, pan-americano, pan-mítico, pan-hispânico.

 Com os prefixos ex-, sem-, além-, aquém-, recém-, vice-, pré-, pró- e pós- seguidos de qualquer palavra.
Exemplos: ex-librismo, sem-teto, além-mundo, aquém-oceano, recém-tecido, vice-reitor, pós-adolescência, pós-glacial, pré-agonia, pró-socialista, pró-análise.

 Nos adjetivos pátrios compostos.
Exemplos: afro-cubano, franco-ítalo-nipônico, brasilo-boliviano, sírio-libanês.

 Antecedendo os sufixos de origem tupi-guarani.
Exemplos: amoré-guaçu, capim-açu, anajá-mirim.

 O hífen é usado no lugar de traço na ligação de duas ou mais palavras que se combinam por uma eventualidade e formam encadeamentos vocabulares.
Exemplos: Liberdade-Igualdade-Fraternidade, ponte Rio-Niterói, percurso Rio-São Paulo, relação Angola-Brasil.

 Na translineação de uma palavra composta ou na combinação de palavras em que há um hífen, repete-se o hífen na linha seguinte.
Exemplos: ......elegeu-
-se
............pan-
-europeu
Atenção: a Trip Editora, assim como outras editoras, não segue essa regra.

EMPREGO DO E / I
 O e é substituído pelo i, antes da sílaba tônica, nos adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação.
Exemplos: acriano (do Acre), açoriano (dos Açores), rosiano (relativo a Guimarães Rosa)
camoniano (relativo a Camões).


Observação: as regras da nova ortografia da língua portuguesa em vigor no Brasil foram baseadas no acordo ortográfico, mas também passaram pela avaliação da Academia Brasileira de Letras. Por isso, além do que listamos aqui, há algumas especificidades que não caberiam neste texto. Para uma consulta mais detalhada, sugerimos o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, o Volp, elaborado pela própria academia.

Padrões válidos para todas as revistas da Trip Editora

Uso de aspas, colchetes e parênteses

Aspas

Abrangem somente parte do período: fora (ex.: (...) e falamos: “Temos um programa”. ou (...) e perguntamos: “Temos um programa?”.).

Abrangem todo o período: dentro (ex.: “Temos um programa.” ou “Temos um programa?”).
O trecho transcrito abrange mais de um parágrafo: aspas só no começo e no fim do trecho transcrito.

Quando for interrompido pelo autor do texto: dentro (ex.: “Temos um programa”, disse ela, “que não tem audiência.”).

Aspas simples: usar apenas dentro de aspas (ex.: “Não adianta chegar e falar: 'Temos um programa'. É preciso ter audiência.”).

Em trechos depois de dois pontos o ponto final fica fora das aspas. Ex.: Disse ela: “Temos um programa que não tem audiência”.

Colchetes
São usados para intercalar observações em textos alheios apenas. Os colchetes e o conteúdo ficam em itálico*.

Parênteses
Usam-se para intercalar uma palavra, expressão ou oração acessória em um texto, representando, geralmente, uma explicação, um comentário, uma reflexão ou uma observação; para isolar uma palavra ou expressão que se queira destacar; e para levar referências ao leitor.

Uso do etc.
Não se usa vírgula antes do etc. e sempre se usa com ponto final.

Abreviaturas
Expressões de tratamento e reverência: por extenso.

Unidades de medida: por extenso**.

Horas e moedas: sempre h, R$ e US$. As demais moedas ficam por extenso.

Endereços: sempre abreviado em serviços (ex.: r., av., pça. etc.). No meio do texto fica por extenso.

Siglas
Formadas por até três letras: tudo em caixa-alta.

Formadas por quatro ou mais letras, quando pronunciáveis, só a primeira em caixa-alta. Quando não pronunciáveis, tudo em caixa-alta. Ex.: Unesp; IPTU.

Quando se coloca o significado da sigla entre parênteses: decisão da Redação.

Uso do ponto de separação entre as letras: não se usa.

Destaques (aspas, itálico e negrito)
Árias de ópera, nome de episódio de série de televisão ou desenho, canções, capítulos, quadros de programas de TV e rádio, tema da conferência, contos, seminários, teses e dissertações, exposições, poemas, série de fotos ou de quadros: entre aspas e caixa-alta, exceto em advérbios, conjunções e preposições**(exs.: “O Segundo Sol”, “Retrato Falado”, quadro do programa Fantástico) (título em português, em outros idiomas deixar as caixas sempre como vier).

Título de matéria: entre aspas e caixa-alta e baixa (ex.: “Meu escritório é na raia”).

Balé, livros, obras de artes plásticas, óperas, peças teatrais, periódicos, programas de TV, telas/quadros, CDs, LPs, DVDs, esculturas, espetáculos e shows, filmes (de longa, média e curta-metragem), fotografia: itálico e caixa-alta, exceto em advérbios, conjunções e preposições* (exs.: O Lago dos Cisnes, Fome de Tudo) (título em português, em outros idiomas deixar as caixas sempre como vier).

cadernos especiais e seções da revista, campeonato, conferência, festival, grafite normal e caixa-alta, exceto em advérbios, conjunções e preposições (exs.: Ilustrada, Páginas Vermelhas, Páginas Negras, Campeonato Brasileiro de Surf) (título em português, em outros idiomas deixar as caixas sempre como vier).

Palavras e expressões em língua estrangeira: não ficam em itálico, exceto nomes científicos. Ex.: o mainstream; o bas-fond; o Aedes aegypti; a Syagrus inajai.

Caixa-alta e caixa-baixa
CA / Cb / Cab

=> serra, baía, praia, floresta, vale, mata, chapada, morro, baixada, pico, oceano, lago, rio, recôncavo: sempre em Cb.

Ex.: região dos Lagos (nome) / baixada santista (adjetivo).


=> universidade, associação, fundação, centro, faculdade, rede, rádio, museu, escola, colégio: sempre em CA.

Ex.: Fundação Padre Anchieta, Museu da Aeronáutica.

Exceção: quando não fizer parte do nome, em Cb.

Ex.: colégio Móbile, mas Escola da Vila.


=> hospital, cinema, pousada, hotel, banco, teatro, bar, parque, shopping, igreja, basílica, cemitério, catedral: Cb.

Ex.: hospital Oswaldo Cruz, teatro Sérgio Cardoso.

Exceção: ficam em CA: Hospital das Clínicas, Teatro Municipal, Banco do Brasil, Catedral Metropolitana.


=> pontos turísticos (cartão-postal): Torre Eiffel, Torre de Pisa, Estátua da Liberdade, Arcos da Lapa, Pão de Açúcar, Cidade Maravilhosa, Cidade Luz.

=> União, Estado:
- governo federal, estadual, municipal em Cb.
- Palácio do Governo.
- Estado: em CA só como União.
- exército, marinha, aeronáutica: em Cb.
- legislativo, executivo, judiciário: em Cb.
- Ministério da Educação, mas ministro da Educação.
- monarquia, república e presidência em Cb; Câmara e Senado em CA.
- Justiça: em CA quando jurisdição.

=> logradouros em Cb: avenida, rua, praça, largo, parque, boulevard, travessa, viela, vila, bairro etc.


=> movimentos artísticos, escolas literárias etc.: bossa nova, modernismo, tropicália, cubismo, concretismo, manguebit, gótico.


=> signos: a 1ª em CA.


=> planetas e satélites: a 1ª em CA, mas “em geral” sol, lua, terra em Cb.


=> movimentos históricos em Cab.

Ex.: Revolução Praieira, Guerra dos Canudos, Guerra do Vietnã, Revolta da Vacina.

Exceção: evento não acabado: guerra do Iraque.


=> queda de...


=> Maio de 68.


=> ditadura militar.


=> Santo, São em Cab, mas padre, papa, bispo, dom.


=> doutor, senhor, senhora, dona, dom em Cb.


=> disciplinas e cargos em geral: em Cb.


Antropônimos
Flexão de nomes de família, carro ou moto: nunca flexionar (exs.: os Azevedo, os Andrade, as Harley, os Audi).

Grafia histórica (líderes religiosos não contemporâneos, monarcas, papas, santos, personagens bíblicos): atualizar grafia em português.

Grafia usada para personalidades brasileiras e portuguesas contemporâneas ainda vivas: manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

Nomes estrangeiros que têm correspondente em português: manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

Partículas que integram sobrenomes estrangeiros quando figura apenas o sobrenome: CA.

Partículas que integram sobrenomes estrangeiros quando o nome da pessoa vier completo: Cb.

Personagens da história antiga e da mitologia greco-romana: atualizar grafia em português.

Personagens de ficção literária em geral: manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

Personagens históricas e figuras da história ocidental atualizar grafia em português.

Topônimos
Grafia dos topônimos: manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

Quando aportuguesar o nome de países: se possível, sempre (seguir o Manual de Estilo da Folha).



*Ver exceções da revista Trip e do Núcleo 2.

**Ver exceções da revista Trip.




Glossário
(o) pickup
(o/a) piloto
3-D
after-hours
Ano-novo
Arcos da Lapa
artsy
ásanas
assemblage
astracã
baby-sitter
backstage
bas-fond
bate-pronto
beachwear
big rider
bijoux
bijuteria
bijuterias
bistrô
BlackBerry
blazer
blend
Blink Shot
blueberry
Bluetooth
blush
body
bolsa carteira
bomber jacket
bonefish
bossa nova
Botox
bouclé
boutique (Daslu, Cidade)
boyfriend
brise-soleil
bufê/buffet
butique
button-down
bye-bye
cabochan
cachepô
café da manhã
café gourmet
caftan
cake designer
calça capri
calça cargo
calça skinny
cara-pálida
cardigã
carveboard
casa-estúdio
cashmere
catálogo raisonée
CDs
chamois
champagne (Dufry World)
champanhe
chantilly
check-in
cheesy
chef
chemise
chic
chiffon
chope
cigarrete
clipe
closet
clotch
cockpit
cocktail dress
cognac (Dufry World)
conhaque
coringa
corselet
corset
Cosac Naify
cotelê
couro tacheado
crafty
cranberry
crepe
croco
cupcake
deck
dégradé
discman
DJ
D-Link
dockside
dog run
Dolby Mobile
drag queen
drink/drinque
drive in
drive-thru
dry martini
duffle coat
dúplex
durex
duvet cover
echarpe
ecochato
ecofabulous
ecofriendly
ecoturismo
ego trip
eletro rock
e-mail
escarpim
estonado
extralarge
fast-food
feedback
flats
fly fishing
follow up
free ticket
frente única
full HD
gamolã
garrafas PETs
Gb (gigabit – vale mil megabits)
GB (gigabyte – vale mil megabytes)
georgete
glam rock
globetrotter
gloss
godê
gola rulê
golfe
gorgorão
grafite
halfpipe
hambúrguer
hanbag
handmade
happy hour
hard rock
haute couture
Havaí
helanca
Hi-5
highlight
high-low
high-tech/hi-tech
hip hop
home page
hot rod
hotspot
iate (barco)
iê-iê-iê
ioga
iPhone
iPod
it bag
jacquard
Jacuzzi
jérsei
jet ski
Kbps
kikoy
kimono
kitesurf
know-how
laces
laise
lan house
laptop
lasanha
leave-in
legging
lézard
lifestyle
line-up
livro-referência
lobby
longboard
low profile
macramê
madrepérola
make up
make-up studio
mantô
marketing push
mata atlântica
matelassê
Mb
megapixel
meia arrastão
Messenger
milk-shake
minicheesebúrgueres
mocassim
modem (modens)
moletom
morto-vivo
mousseline
MSN
MSN Messenger
muffin
mussarela (Trip)
MySpace
N. R. (nota da redação)
naïf
navio-escola
neon
nobuck
nose clip
nylon
oba-oba
off-line
offline (Trip)
off-road
OK
on-line
online (Trip)
open bar
P&B
paetê
Paraty
parca
pashmina
pen drive
personal shoppers
pet shop
PhD
pied-de-coq
pied-de-poule
pinup
piquê
píton
pit stop
pizza-bar
playlist
plush
poliéster
polo
ponto smooth
ponto snock
pop star
pop-up
pôr do sol
portfolio
pranayamas
predefinido
Quadri-band
quiche
redingote
remake
resort
retrô
réveillon
riviera
robe (roupa)
rock star
rock’n’roll
room service
saia-lápis
sauvage chic
scanner
Scuppies (Socially Conscious Upwardly-Mobile Person)
self-service
serras gaúchas
shades
showbiz
skate shop
skinny
skyline
Skype
smartphone
Smile Shot
smoothie
snowboard
sound-system
sousplat/sousplats (plural)
spa
spencer
spiker
stand
stand-up comedy
strass
streetwear
stress
stretch
striptease
stylist
stylus (caneta)
suéter
super star
supersize
Supplex
surf
surfwear
sutache
swell
tailleur
t-commerce
teatro-monumento
telefones-câmera
test drive
tiara
tiara-elástico
tie-dye
tomara que caia
Touch Shot
touchscreen
tow-in
toy art
trading company
trailer-consultório
trainee
trekking
trench coat
trend setter
triathlon
tricô
tricô aran
tricoline
T-shirt
tweed
twin set
vale-curso
vestido ânfora
VIP
viva voz
vodca
vodka (Dufry World)
voil
VoIP
wakeboard
WAP 2.0
web page
whisky
widescreen
widgets
wi-fi
Wimax
windsurfista
wireless
workaholic
workshop
xampu
xantungue
yakisoba
yatch (tênis sem cadarço)
yuppie
zibeline

Observações:
CHAVE leva hífen quando aparece à direita do substantivo
CONCEITO deixar com hífen loja-conceito, como carro-conceito
FANTASMA sem hífen, como no Manual do Estado: cidade fantasma, trem fantasma, funcionários fantasmas
PILOTO deixar sem hífen, como no Manual do Estado: usina piloto, planos piloto
RELÂMPAGO usar sem hífen como no Manual do Estado: guerra
relâmpago, comícios relâmpagos (porém, ver acepção "comício-relâmpago"
no Houaiss)
SÍMBOLO colocar hífen como no Manual do Estado
SURPRESA não leva hífen como no Houaiss

Trip




grafia Trip (CAb, itálico e bold)

LEGENDA
legenda de foto redondo, bold só nas Páginas Negras. Abreviar tudo: pág., à dir., à esq., mas manter acima, ao lado, abaixo sem abreviação. Separar a legenda de uma foto da outra com ponto e vírgula, nunca somente com vírgula. Não colocar ponto no fim da legenda.


modelo de legenda em moda
Mauro calça Quiksilver R$ 180 + camisa Redley preço sob consulta
Raquel calça Billabong R$ 299,90



CRÉDITOS
modelo (abertura)
TEXTO E FOTOS BRUNO TORTURRA NOGUEIRA, DE OKLAHOMA CITY

modelo (foto)
DIVULGAÇÃO/SONY
FOTOS ARQUIVO PESSOAL

modelo (moda)
Coordenação geral Adriana Verani Produção Anabelle Custódio Assistente Isabella Infantine Make/hair Andréia Ulsenheimer (CAPA mgt) Assistente de foto Thiago Grancindo Modelos Mauro Salvatori (Ford Models) e Raquel Parpneli (Ford Models) Agradecimentos Grupo Susano Papel e Celulose endereço do site
, Juliana Benfatti Antiguidades (11) 3083-9268

SERVIÇO
“Vai lá:” em bold e complemento em red e sem ponto final. Modelo:
Vai lá: http://www.nikesportswear.com.br/

DESTAQUES (QUANDO USAR ITÁLICO, ASPAS OU REDONDO; CA E CB)
árias de ópera, nome de episódio de série de televisão ou desenho, canções, capítulos, quadros de programas de TV e rádio, tema da conferência, contos, seminários, teses e dissertações, exposições, poemas, série de fotos ou de quadros, título de matéria entre aspas e caixa-alta e baixa, exceto quando se tratar de nome próprio (exs.: “Três é demais”, título de matéria; “Pegadiha do Mallandro”, do programa Show do Mallandro; “O segundo Sol”; “Retrato falado”, quadro do programa Fantástico) (título em português, em outros idiomas deixar as caixas sempre como vier).

balé, CDs, LPs, DVDs, esculturas, espetáculos e shows, filmes (de longa, média e curta-metragem), fotografia, livros, obras de artes plásticas, óperas, peças teatrais, periódicos, programas de TV, telas/quadros itálico e caixa-alta e baixa, exceto quando se tratar de nome próprio (exs.: O lago dos cisnes, Fome de tudo, A vida de Brian) (título em português, em outros idiomas deixar as caixas sempre como vier).

cadernos especiais e seções da revista, nome de site, campeonato, conferência, festival, grafite, coleções de livros, nome de navio, espaçonave e afins redondo e caixa-alta, exceto em advérbios, conjunções e preposições (exs.: Páginas Negras, Campeonato Brasileiro de Surf, Titanic).

ESTRANGEIRISMOS
forma aportuguesada consagrada manter a escolha feita pelo jornalista.

hifenização procurar não quebrar palavra em outra língua.

nomes de instituições, estabelecimentos e empresas estrangeiros manter a escolha do jornalista (ex.: Guggenheim Museum).

nomes de universidades, academias e escolas manter a escolha do jornalista (ex.: Umea Design School).

palavras ou expressões estrangeiras redondo. Só alterar a grafia daquelas que estão no glossário.

MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS
adjetivos e nomes que acompanham topônimos caixa-baixa (exs.: floresta amazônica, mata atlântica).

associação caixa-alta (ex.: Grupo de Líderes Empresariais).

autódromo, concessionária, galeria, shopping caixa-baixa (exs.: autódromo Nelson Piquet, concessionária Audi Star, galeria David Zwirner, shopping Iguatemi).

ciências, disciplinas, artes, religiões e correntes de pensamento caixa-baixa (exs.: espinosismo, cubismo).

corpos celestes caixa-alta (ex.: Marte). Lua (quando o satélite) e Sol (quando o astro) em caixa-alta.

datas comemorativas, feriados, festas religiosas e populares, eventos caixa-alta (exs.: Carnaval, Natal, Dia da Consciência Negra).

designativos de função, dignidade, profissões e afins caixa-baixa (exs.: professor, consultor, padre, rei).

deuses e criaturas mitológicas caixa-alta (exs: Zeus, Minotauro).

eras, períodos, movimentos e fatos históricos importantes caixa-alta em nomes de guerras e períodos históricos (exs.: Segunda Guerra Mundial, Idade Média, Guerra do Golfo, Era Cenozoica, Maio de 68). Caixa-baixa: ditadura militar, tropicália, bossa nova.

instituições em geral caixa-alta (exs.: Instituto Iberê Camargo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museu de Artes do Rio Grande do Sul, Museu da Língua Portuguesa).

leis conhecidas por um nome ou que passaram a designar épocas ou atos de exceção lei seca, mas Lei Seca (a histórica), lei Maria da Penha.

logradouros e nomes comuns que complementam os nomes próprios de acidentes geográficos e afins caixa-baixa (exs.: rio Guaíba, avenida Paulista, parque Burlemax, oceano Índico, teatro São Paulo).

nomenclatura científica em latim de animais e plantas caixa-alta só no primeiro nome e ita (ex.: Coryphaena hippurus).

nomes próprios (de pessoas vivas ou mortas, reais ou não), cognomes, alcunhas, apelidos, pseudônimos etc. caixa-alta.

nomes comuns que complementam os nomes próprios de santos, anjos e afins caixa-alta (exs.: Santo Antônio, Santa Clara). Caixa-baixa: arcanjo Miguel.

pontos cardeais, se indicarem apenas direção caixa-baixa (ex.: “no norte da região africana”).
pontos cardeais, se indicarem região geográfica caixa-alta.

povos, grupos linguísticos, etnias caixa-baixa (exs.: os guaranis, os tupis). Dinastias em caixa-alta.

pronomes de tratamento caixa-baixa (exs.: senhor, vossa senhoria).

raça de animais caixa-baixa (exs.: husky (cachorro), nelore (boi), manga-larga (cavalo) etc.).

signos do zodíaco caixa-alta.

unidades federativas e administrativas, formas de governo e afins caixa-baixa. Estado, quando se refere a divisão territorial, Câmara (dos Deputados, dos Vereadores) e Senado em caixa-alta, mas polícia (federal, rodoviária, militar etc.), marinha, exército, aeronáutica, legislativo, executivo, judicário em caixa-baixa.

salão caixa-alta (exs.: Salão do Automóvel de Madri, Salão do Móvel de Milão).

NUMERAIS E UNIDADES DE MEDIDA
datas numeral, sem o zero (ex.: 8/5/09), por extenso em texto (ex.: “Inaugurado em 3 de setembro de 2009”).

décadas e anos numeral, sem o “1900” (exs.: década de 90, anos 20).

dias da semana por extenso, sem “-feira”.

enumerações em casos de dois ou três itens, numeral.

eventos que se repetem periodicamente em ordinal (ex.: 8ª Bienal de Arquitetura).
forma reduzida: h/min/seg, £/US$ na revista tudo é abreviado, inclusive nos textos.

frações por extenso.

horas, minutos, segundos até o dez, por extenso, de 11 em diante numeral (“hora do relógio”, numeral).

idade numeral sempre.

indicação de porcentagem numeral, com o símbolo (ex.: 3%).

moedas os símbolos US$ e R$ são usados, o resto é por extenso.

numerais até dez acompanhados de unidades de medida numeral, com o símbolo abreviado (ex.: 3 m).

numerais até dez não acompanhados de unidades de medida por extenso.

números a partir do onze numeral.

números ordinais primeiro, segundo... até décimo por extenso, depois 11º, 120º etc.

papas, imperadores, reis em ordinal ou cardinal (exs.: João 23, Luís 14, Elizabeth 2ª).

ponto para separação dos milhares sim.

quando o número atingir a casa do milhar mil e não 000 quando não aparecer unidade de medida (ex.: 2 mil). Quando aparecer unidade de medida, usar 000 (ex.: 2.000 km). Valor: R$ 5 mil.

século em cardinal.

unidades de medida: metro, grama e litro (com seus múltiplos e submúltiplos), grau centígrado, are e hectare (polegadas, pés, jardas, milhas, libras, onças) numeral, a unidade abreviada.

uso de algarismos no início do período por extenso.

valores aproximados (cerca de um metro, p. ex.) numeral, a unidade abreviada.

ASPAS (USO DOS PONTOS COM AS ASPAS)
abrangem somente parte do período fora (ex.: ... e falamos: “Temos um programa”. ou ... e perguntamos: “Temos um programa?”.).

abrangem todo o período dentro (ex.: “Temos um programa.” ou “Temos um programa?”).

o trecho transcrito abrange mais de um parágrafo aspas só no começo e no fim do trecho transcrito.

quando for interrompido pelo autor do texto dentro (ex.: “Temos um programa”, disse ela, “que não tem audiência.”).

aspas simples usar apenas dentro de aspas (ex.: “Não adianta chegar e falar: 'Temos um programa'. É preciso ter audiência.”).

TRAVESSÃO
em diálogos não, só em raras exceções (o jornalista escolheu, por exemplo), normalmente são aspas.

tamanho do traço médio.

COLCHETES
função entra apenas como intervenção. Nunca em texto autoral e em perguntas feitas pelos jornalistas.

como fica redondo, texto dentro fica em itálico.

no início das frases caixa-alta e sem ponto final [Rindo]. Este caso aparece normalmente em entrevistas com pergunta e resposta.

no meio e no fim da frase caixa-baixa e sem ponto (ex.: “... vão de blogs ao [diário econômico] Wall Street Journal, a... ”. Aparece tanto em entrevistas como no meio de um texto.

fora da frase caixa-alta com ponto final (ex.: [Fecha a porta e sai.]). Este caso aparece normalmente em entrevistas com pergunta e resposta.

ANTROPÔNIMOS
flexão de nomes de família, carro ou moto nunca flexionar (exs.: os Azevedo, os Andrade, as Harley, os Audi).

grafia histórica (líderes religiosos não contemporâneos, monarcas, papas, santos, personagens bíblicos) atualizar grafia em português.

grafia usada para personalidades brasileiras e portuguesas contemporâneas ainda vivas manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

nomes estrangeiros que têm correspondente em português manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

partículas que integram sobrenomes estrangeiros quando figura apenas o sobrenome caixa-alta.

partículas que integram sobrenomes estrangeiros quando o nome da pessoa vier completo caixa-baixa.

personagens da história antiga e da mitologia greco-romana atualizar grafia em português.

personagens de ficção literária em geral manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

personagens históricas e figuras da história ocidental atualizar grafia em português.

TOPÔNIMOS
grafia dos topônimos manter grafia de acordo com a escolha do jornalista, mas verificar a padronização se aparecer mais de uma vez.

quando aportuguesar o nome de países se possível, sempre (seguir o Manual de Estilo da Folha).

SIGLAS
formadas por até três letras caixa-alta todas.

formadas por quatro ou mais letras, quando pronunciáveis só a primeira em caixa-alta.

quando se coloca o significado da sigla entre parênteses decisão da Redação.

uso do ponto de separação entre as letras não.

ABREVIATURAS
expressões de tratamento e reverência por extenso.

unidades de medida todas as unidades de medida são abreviadas na revista, inclusive dentro dos textos (m = metro, min = minuto etc.).

horas e moedas só R$ e US$.

endereços nos serviços, sempre abreviado (exs.: r., av., pça. etc.). No meio de textos fica por extenso.

GLOSSÁRIO
Arcos da Lapa
big rider
café da manhã
cara-pálida
Cosac Naify
discman
drive in
globetrotter
golfe
grafite
halfpipe
Havaí
hip hop
ioga
iPod
kitesurf
lifestyle
longboard
mata atlântica
morto-vivo
mussarela
MySpace
N. R. (nota da redação)
nylon
offline
online
Paraty
PhD
pit stop
pop star
pôr do sol
rock’n’roll
rock star
serras gaúchas
skate shop
streetwear
stress
striptease
super star
test drive
tow-in
trekking
triathlon
web page
whisky